sábado, 6 de outubro de 2007

O que é linguagem informal?

É aquela empregada no . Portanto, é bastante informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece, necessariamente, às regras da gramática normativa.
Sopa de pedras
Pedro Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele es­tava ouvindo a conversa do pessoal na porta da venda. Os matutos fa­lavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio Cada um contava um caso pior que o outro:
— A velha é unha-de-fome Não dá comida nem pros cachor­ros que guardam a casa dela — dizia um.
— Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. Verdade! Quem me contou foi o Chico Carreteiro, que não mente — afirmava outro.
— Eta velha pão-duro! — comentava um terceiro. — Dali não sai nada. Ela não dá nem bom-dia.
O Pedro Malasarte ouvindo. Ouvindo e matutando. Daí a pouco entrou na conversa:
— Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade?
— Tu tá é doido! — disseram todos — Aquela velha avarenta não dá nem risada!

— Pois aposto que pra mim ela vai dar — insistiu o Pedro. — Quanto vocês apostam?
A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasar-te, muito matreiro, já tinha bolado um plano na cabeça. Juntou umasroupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandoupra casa da velha. Era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasartenão tinha preguiça. -
O Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia de água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.
A velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando. E o Pedro atiçando o fogo.
. [...]
Até que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade. Saiu e veio negaceando, olhar de perto. O Pedro pensou: "É hoje!".
Catou umas pedras no chão, lavou bem e jogou dentro da pane­la. E ficou atiçando o fogo pra ferver mais depressa.
A velha não se conteve:
— Oi, moço, tá cozinhando pedra?
— Ora, pois sim senhora, dona! — res­pondeu o Pedro. — Vou fazer uma sopa.
— Sopa de pedra? — perguntou a velha com uma careta. — Essa não, seu moço! Onde já se viu isso?
— Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa.
— Demora muito pra cozinhar? — perguntou a velha ainda duvidando.
— Demora um bocado.
— E dá pra comer?
— Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa?
A velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela fervendo. A velha meio incrédula, meio acreditando.
— É gostosa, essa sopa? — perguntou ela depois de um tempo.
— É — respondeu o Malasarte. — Mas fica mais gostosa se a gente puser um temperinho.
— Por isso não — disse a velha. — Eu vou buscar.
Foi e trouxe cebola, cheiro-verde, sal com alho.
— Tomate a senhora não tem? — perguntou o Pedro.
A velha foi buscar e voltou com três, bem maduros.

Pedro botou tudo dentro da panela, junto com as pedras. E atiçou o fogo.
— Vai ficar bem gostosa — disse ele. — Mas se a gente tivesse um courinho de porco...
— Pois eu tenho lá em casa — disse a velha. E foi buscar.
Couro na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou:
— Não precisa pôr mais nada?
— Até que ficava mais suculenta se a gente pusesse umas batatas, um pouco de macarrão...
A velha já estava com vontade de tomar a sopa, e perguntou:
— Quando ficar pronta, posso provar um pouco?
— Claro, dona!
Aí ela foi e trouxe o macarrão e as batatas.
Malasarte atiçou o fogo, pró macarrão cozinhar depressa.
Daí a pouco a velha já estava com água na boca!
— Hum, a sopa tá cheirando gostosa! Será que as pedras já amoleceram? Em vez de responder, o Pedro perguntou:— A senhora não tem uma lingüicinha no fumeiro? Ia ficar tão bom...Lá foi a velha de novo buscar a linguiça.
Cozinha que cozinha, a sopa ficou pron­ta. Malasarte então pediu dois pratos e talhe­res, a velha trouxe.
O Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e jogou no mato.
— Ué, moço, não vai comer as pedras?
— Tá doido! — respondeu o Malasarte. — Eu lá tenho dente de ferro pra comer as pedras?
Em Contos populares para crianças
da América Latina. Tradução
e adaptação de Neide T. Maia
Gonzáles. São Paulo:
Ática, 1984. p. 8-15.E tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o dinheiro da aposta

10 comentários:

susuh disse...

show de bola só faltou a reaçaõ dos amigos dele..
mas do mesmo jeito não entendi oq é linguagem informal..

Anônimo disse...

esse texto e muito legal, eu o adimiro muito

Anônimo disse...

amei o texto mas ainda n entendi sobre a linguágem formal. dava pra ser + claro?
rss..

Dellys ;D disse...

o texto é super interessante mas o texto nao explica direito oqueéuma linguagem informal eu acho que dava p/ complementar mais o texto com mais argumentos e explicações !!

Alyne disse...

nossa texto mt bom, faltou msm a reação dos amigos...

da sim pra entender o regionalismo, a a linguagem popular.......

linguagem informaal é a linguagem coloquial, usada sem se preocupar com as normas gramaticais

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Iranildo Silva de Oliveira disse...

Muito bom ouvi essa hstória quando menino e novamente agora aos 39.

Iranildo Silva de Oliveira disse...

Muito bom ouvi essa hstória quando menino e novamente agora aos 39.

Anônimo disse...

gostei me ajudou muito

Anônimo disse...

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